"Quatro profissões, quatro cidades: Xangai, Dacar, Lyon, Bucareste. Nelas conhecemos uma operária chinesa e sua rotina de humilhação cotidiana em uma fábrica; acompanhamos um supervisor de telemarketing apoiar-se sobre a crença em seu ambiente corporativo e a fé neopentecostal; notamos como o responsável pelo controle de qualidade de uma empresa vê sua relação familiar se deteriorar sob a pressão do trabalho e do sexo virtual; assistimos a uma engenheira de estudos sofrer por sua dificuldade de se integrar e subir na hierarquia. O cotidiano desses indivíduos é rude, cortante, às vezes cruel e vergonhoso. Todos são vítimas de uma corrida desenfreada pelo lucro provocada pela louca circulação do capital. Todos estão sujeitos à rentabilidade, à flexibilidade e à precariedade que move a gigantesca roda da economia no mundo globalizado.