Cada empresa é única. Portanto, saber o que aconteceu no passado dará ao dirigente condição de projetar o futuro. Mas, se a empresa não possui padrões históricos, devidamente registrados e facilmente acessíveis, é pouco provável que o gestor da organização faça milagres. Assim como um médico necessita conhecer as condições de seu paciente antes de prescrever-lhe o tratamento, não se deve lançar uma empresa financeiramente fraca num programa de expansão e de grande atividade promocional. Em outras palavras, os projetos precisam ser compatíveis com os recursos da empresa e com os indicadores e resultados do seu mercado. Tais instrumentos permitem comparar dois ou mais dados, de modo a se obter uma análise significativa da situação. O poder do administrador para analisar a situação econômica de uma empresa é dado pelos seus registros, ferramentas e controles que faz uso, pois é importante esperar que seus resultados estejam acima, ou pelo menos igual, ao comportamento do mercado em que atua. Precisamos de mecanismos que reflitam, especificamente, o tamanho e a idade de nossa empresa, a fim de que possamos, então, concluir pela melhoria, pela otimização dos recursos ou aproveitamento de uma oportunidade. Também esta forma de abordagem não é infalível, uma vez que o tamanho e a natureza da empresa podem ter-se alterado no decorrer do tempo. Vale a pena lembrar que a sujeição automática a um grande número de índices, indicadores, matrizes, modelos, contas e controles não pode substituir um julgamento racional e científico. Esta obra pretende mostrar a necessidade do estudo comparado como a mais importante ferramenta da análise dos resultados empresariais. Somente tal conhecimento permitirá mudar o rumo do negócio, se a ação administrativa, embutida num planejamento estratégico, não se fizer acertada.