Sentir-se na fronteira da identidade cultural, tendo um pé na África, a cabeça em Portugal e os sentimentos no Brasil, assim Agualusa proclama a existência de uma Lusofonia que não quer calar-se. No processo de criação de 'O ano que zumbi tomou o rio', o autor realizou várias entrevistas em favelas cariocas, um verdadeiro trabalho de campo que culminou na eloquente história que nos é apresentada neste livro. A guerra civil não-declarada, entre o crime organizado e o restante da população carioca, aquece o asfalto. Um antigo coronel do Ministério da Segurança de Estado de Angola, que trocou seu país pelo Brasil, fugindo às armadilhas de um amor feroz e ao tormento da memória, prepara esse dia. Um jornalista mergulha no incêndio dos morros cariocas em busca de respostas e perguntas que poucos se atrevem a colocar. Tudo isto acontece agora. Zumbi, o mítico herói do Quilombo de Palmares, voltou pra tomar o Rio.Esse livro e uma antiga ideia minha. Ja ha muito tempo que queria escreve-lo. E de alguma forma uma atualizacao do mito de Zumbi de Palmares, um negro de origem angolana, que no Seculo XVII governou durante muitos anos uma republica de homens fugidos a escravidao. Este livro e passado na atualidade e e a historia de um antigo coronel da seguranca de estado de Angola que apos 1992 vai para o Rio de Janeiro e comeca a vender armas aos traficantes. Pouco a pouco aquilo que e hoje um conflito entre policias e bandidos comeca a ter contornos mais politicos. Na pratica e a historia de uma sub-violacao das populacoes das favelas vista pelo olhar de dois angolanos, o ex-coronel da seguranca de estado e um jornalista. Jose Eduardo Agualusa.Esse livro é uma antiga idéia minha. Já há muito tempo que queria escrevê-lo. É de alguma forma uma atualização do mito de Zumbi de Palmares, um negro de origem angolana, que no Século XVII governou durante muitos anos uma república de homens fugidos à escravidão. Este livro é passado na atualidade e é a história de um antigo coronel da segurança de estado de Angola que após 1992 vai para o Rio de Janeiro e começa a vender armas aos traficantes. Pouco a pouco aquilo que é hoje um conflito entre polícias e bandidos começa a ter contornos mais políticos. Na prática é a história de uma sub-violação das populações das favelas vista pelo olhar de dois angolanos, o ex-coronel da segurança de estado e um jornalista.José Eduardo Agualusa