Torna-se necessário refletir sobre a vida religiosa e sacerdotal em toda a sua amplitude, também sobre as áreas que tradicionalmente têm sido ignoradas, deixadas de lado ou consideradas intocáveis. Felizmente os últimos documentos da Igreja referentes à vida religiosa e à vida do presbítero abordam o lado propriamente humano o qual, a duras penas, vem conseguindo ressurgir e procuram valorizá-lo e ressaltar sua importância, especialmente focalizando a formação inicial e a permanente. Sua importância como fundamento dos valores espirituais é reconhecida, e se fala da necessidade de seu cultivo durante a vida toda. Não poderia ser outra a atitude da Igreja, numa época marcada por grande sensibilidade a tudo o que se refere ao ser humano e aos apelos constantes ao subjetivo. Mas a nossa época, ao mesmo tempo em que incentiva o homem a buscar a si mesmo, tem estimulado a busca do prazer sem limites e sem normas éticas, muitas vezes como a maneira de dar sentido a um caminho vital caracterizado pela desorientação existencial.