Este livro trata dos vetores propulsores à mudança escalar no processamento linguístico, levando em conta as relações que se estabelecem entre o itens lexicais de modo a ilustrar a existência do efeito dominó em linguagem. Esclarece que um contínuo de empregos de construções variáveis vai paulatinamente afetando cadeias de itens por meio de inserção, substituição e cancelamentos, quanto mais opaco valor funcional nos enunciados. Demonstra que a neutralização opera de acordo com alguns princípios prototípicos num gradiente em que o léxico marcado é favorável à promoção da mudança. Comprova ainda que associação, economia, regularização paradigmática e polissemia encetam um processo de gramaticalização por meio do qual as inovações ingressam no vocabulário comum e podem ficar variando ou congelar-se. A obra corrobora o fato de que a dinamicidade linguística é sistêmica, contudo as línguas barram algumas construções, de tal modo que a escalaridade só opera se há estratégias de permissão, sendo que o exemplar prototípico se mantém como o mais idôneo pelos indivíduos desde que possível no sistema. Assim, a Escola não pode alienar-se dos fatos linguísticos, da realidade dos falantes que criam novas construções. Efeito Dominó na Linguagem: o que a Escola precisa saber reúne reflexões sobre os empregos das construções inovadoras e oferece gama ampla de propostas práticas no nível da formação do professor e da prática dos discentes.