Dentre numerosos manuais tomistas que o século XX produziu, é útil reeditar o de Henri-Dominique Gardeil: inscreve-se em uma tradição que não se orgulharia de ultrapassar. Testemunho de uma maneira de ler Tomás de Aquino própria à França dominicana dos anos 1950, ele é como uma articulação entre, de um lado, algumas tentativas infelizes e fundamentalistas de pensar a filosofia e a ciência de Tomás, reduzidas às de Aristóteles, como se se tratasse da filosofia e da ciência; e, de outro lado, um chamado constante a destacar os princípios mais universais que estão no coração do pensamento tomasiano, a fim de mostrar sua fecundidade para a compreensão de um mundo no qual a ciência já apresentava uma imagem desconcertante.