A historiadora Lilia Moritz Schwarcz se debruça sobre a vida e a obra do pintor francês Nicolas-Antoine Taunay. Um ensaio agudo a respeito do imaginário francês sobre os trópicos, da arte neoclássica, e da vinda da família real portuguesa e do grupoNicolas-Antoine Taunay foi um artista acadêmico, do círculo íntimo de Napoleão e Josefina, que desembarcou no Brasil em 1816, acompanhado de outros pintores como Jean-Baptiste Debret e Grandjean de Montigny. Considerado o membro mais importante do grupo, trazia na bagagem a intenção de se transformar em pintor do rei. Os trópicos pareciam difíceis de representar, e Taunay sempre reclamou da luz brilhante demais da América, dos verdes "excessivos" das florestas e do céu do Rio de Janeiro, que considerava absolutamente "exagerado". Este livro, fartamente ilustrado, traz 103 imagens em preto-e-branco e mais dois cadernos coloridos com 45 telas que o pintor realizou na Europa e no Brasil.