É com o mesmo talento e a mesma verve já presentes em 1971 em sua estreia com os 100 exemplares de Travessa Bertalha 11 - que ajudou a batizar e a forjar a chamada "Geração mimeógrafo" - que Charles marca presença novamente em 2011. Entre suas linhas habilmente aliteradas por sinuosas figuras de linguagem, e diante da explosão de sons e ruídos surgidos desde que uma nuvem cigana passou por aqui, podemos ouvir a voz viva do poeta nesta Sessentopéia: no verso da margem, oráculo de seu tempo.