Durante a década de 90, aproblemática da mundialização, particularmente no que se refere à cultura, desenvolveu-se com dificuldade, e a temática, nas Ciências Sociais, não tinha ainda 'direito de cidadania'. Muito das críticas existentes negavam o próprio processo, considerando-o meramente como uma ideologia. Isso mudou. A globalização se consolidou como um processo real, diversificado, pleno de contradições. No entanto, este é o problema. Ao se impor, a problemática banaliza-se; ela penetra os programas de televisão, os boletins econômicos, os jornais, as conversas cotidianas. Cria-se a seu respeito um senso comum planetário. As dúvidas anteiores são substituídas por uma visão com pouca, ou nenhuma, perspectiva crítica, ajustando-nos à idéia de que 'tudo se globalizou'. Neste contexto, é necessário romper o consenso que se forma em torno das interpretações sobre os problemas e questões relevantes da atualidade; aceitá-lo seria renunciar ao pensamento sociológico. Por outro lado, já não é mais suficiente constatar a existência do processo, o momento é outro, é previso qualificá-lo. Foi este o intuito do autor quando escreveu os ensaios que compõem este livro - ir além das verdades aparentes e de um entendimento que se conformasse apenas com a constatação das mudanças. Entre os principais assuntyos do livro, estão - cultura, metáforas e conceitos; Magia e mercado; Violência e globalização; Sobre os Estudos culturais; entre outros.