Mas o que é homem, o que é mulher? É possível uma definição precisa ou estamos tratando de categorias oscilantes, ambíguas, transitórias, flutuantes, que jogam o jogo de espelhos e de esconde-esconde? Efetivamente, não há homem, não há mulher; a feminilidade e a masculinidade (chamada também de falicidade), estão presentes em proporções variadas em homens em mulheres. E são móveis, quer dizer, atuamos num campo movediço, onde nada é estável, nada é permanente, nada é fixo e assentado, mas, mesmo assim, há singularidades de comportamentos que não se intercambiam necessariamente, há jogos que são melhor jogados de acordo com certas vantagens relativas advindas exatamente das diferenças constitutivas e de suas repercussões na consciência e no inconsciente.