O autor combateu na Guiné (1968-1970), onde foi depois embaixador (1997-1999) num momento de extrema convulsão, durante a guerra civil. O país conheceu a ocupação de forças estrangeiras, populações em fuga e Bissau transformada em carreira de tiro, sujeita ao fogo cruzado das forças leais ao presidente e respetivos aliados que se confrontavam com a Junta Militar do brigadeiro Mané, seu antigo companheiro de armas, que encabeçava um vasto movimento insurrecional. Tratou-se de um conflito truculento e dramático que cavou divisões que continuam a fraturar a sociedade local.