O Ulster e Biafra, Ruanda e Angola, a Etiópia e a Somália, o Harlem, o Bronx e o Líbano, todas as periferias da dor e da miséria mais dilacerante, a Aids e a lepra, a solidão total e o desprezo: esses foram ao longo de quase 90 anos dia após dia, noite após noite, com uma intensidade dificilmente igualável, comendo mal e dormindo apenas três horas diárias, em permanente vigília de amor os cenários da Madre Teresa de Calcutá, uma das mais admiráveis protagonistas do nosso tempo. A mulher mais poderosa do mundo, segundo o Secretário Geral das Nações Unidas, Fundadora e dirigente das Missionárias da Caridade, habituada a dizer as verdades a quem quiser ouvi-las não excluído o presidente da mais poderosa nação do mundo , é também o Anjo do inferno, a Madre Sorriso, a Madre Esperança para os milhões de desvalidos do planeta. No ágil perfil traçado com emoção incontida e amável ironia pelo jornalista Miguel Ángel Velasco, encontramos o segredo desta mulher que é por excelência a testemunha da misericórdia de Deus na história do nosso século atormentado, miserável, selvagem e maravilhoso: Se houvesse pobres na lua, iríamos até lá. O que conta não é o que fazemos, mas o amor que pomos no que fazemos.