A presente coletânea apresenta textos (artigos de jornal, entrevistas para revistas e projetos de dispositivos constitucionais) produzidos entre 1978 e 1989, momento considerado pela historiografia conservadora como “período da abertura” da ditadura civil-militar brasileira, mas que apenas marcava uma nova postura das elites de se transformar para se conservar diante da incontornável e incansável resistência popular. O conjunto dessa produção revela um Florestan Fernandes, professor e pesquisador, comprometido dos pés à cabeça com a efetivação de uma educação pública, democrática e para todos. Ciente de que a reivindicação abstrata por educação, por si só, não garante seu caráter transformador, o autor faz questão de contextualizar histórica, social e economicamente os esforços como político, como militante e como professor