"Nunca pertenci àquele tipo histérico de escritor que rasga e joga fora. Ao contrário, guardo sempre as várias versões de um texto, da frase em guardanapo de bar à impressão no computador. Será falta de rigor? Pouco me importa. Graças a essa obsessão foi que nasceu 'Ovelhas negras', livro que se fez por si durante 33 anos. (...) Uma espécie de autobiografia ficcional, uma seleta de textos que acabaram ficando fora de livros individuais. Eram e são textos marginais, bastardos, deserdados. (...) Afinal, como Rita Lee, sempre dediquei um carinho todo especial pelas mais negras das ovelhas."