Era o Rio no tempo do rei, mas nem só de pompa se faz uma cidade. Esta é uma história de pessoas simples, cercadas de alegrias e desventuras. Na contramão do romantismo do século XIX, o romance expõe ângulos da sociedade até então nunca explorados tão intimamente: num ato corajoso para o padrão da época, as miudezas da vida cotidiana passam a ser vistas sob lentes de aumento, despidas de qualquer idealização, compondo um retrato de um Rio de Janeiro do passado. A edição da Antofágica conta com mais de 50 artes de Manuela Navas. O compositor e escritor Nei Lopes escreve uma apresentação sobre sua trajetória pessoal não apenas com o livro, mas com a cidade do Rio de Janeiro. Nos posfácios, Giovanna Dealtry, doutora em Letras pela PUC-Rio e professora do Instituto de Letras da UERJ, constrói um panorama sobre as dinâmicas narrativas e sobre o conceito de malandragem, e o escritor Sérgio Rodrigues discorre sobre a eterna juventude de Memórias de um sargento de milícias. (...)