O fazer etnográfico, marca principal da disciplina antropológica, não é tratado neste livro como um estilo literário ou um método descolado das implicações éticas e políticas a ele relacionadas. Tal prática é valorizada por seu potencial crítico de análise, principalmente quando discorre sobre a forma como as pessoas vivenciam as políticas a elas direcionadas e seus efeitos. A etnografia do "encontro" entre diferentes subjetividades e sensibilidades permite, assim, dar visibilidade à diversidade cultural e às reivindicações específicas dos grupos, bem como aos modos com que os mesmos grupos percebem o próprio antropólogo.