O estado precário das atuais instalações penitenciárias, a ausência de resultados corretivos significativos e a reincidência dos egressos, o gigantesco custo financeiro para manutenção das prisões, o crescente aumento do número de presos desde a virada do milênio, o endurecimento da política penal estatal com o advento de novas leis penais com penas cada vez mais longas, tudo isso torna a proposta de privatização dos presídios um nicho comercial bastante atrativo aos empreendedores movidos pelo lucro. Qualquer discurso que se oriente ao retraimento do encarceramento massivo encontrará, como obstáculo quase que intransponível, a crescente violência urbana e o aumento da desigualdade social, que servem para difundir o sentimento de medo e insegurança constante na população que, em pânico