Durante todo o livro, a autora torna-se uma mediadora, integrando dança e teoria, movimento e palavras, estética e análise. Apesar de sua articulação altamente técnica, Ciane Fernandes mantém sua sensibilidade, respeito, honestidade e humildade com relação ao mundo do movimento e das imagens. A descrição/análise de cenas de diferentes obras de Pina Bausch, assim como a completa análise de um de seus maiores trabalhos, concedem também ao leitor (que talvez não tenha visto uma peça da coreógrafa) muitas possibilidades de experienciar a variedade artística do Wuppertal Dança-Teatro, em aspectos simultaneamente estéticos, cognitivos e sociais.