A obra de Lotz caracteriza se por duas atitudes, uma que consiste em dizer que Heidegger colocou a questão do Ser de uma forma mais fundamental do que São Tomás de Aquino e outra que consiste em mostrar que a posição heideggerianà se interdiz, pela sobreavaliação do tempo de aceder ao sentido último do Ser, ao Ser subsistente ou Deus. É, pois, a pertinência teológica de Heidegger que é colocada em questão. A originalidade deste estudo está no renovar da problemática escolástica perante a ontologia de Heidegger. Mais do que ressuscitar São Tomás de Aquino, sobrepondo-o à filosofia moderna, Lotz ressuscita um questionamento fundamental dos antigos perante os modernos. Um livro sereno que nos esclarece sobre a credibilidade filosófica de Heidegger.