Em Calípolis Vermelha, cada cidadão é capaz de sentir seus semelhantes, graças à prática de uma sensibilidade mais aguçada, amparada pelo uso de uma substância chamada aquarela e uma vivência baseada no uso de cores, que atua como um mapa para traçar personalidades e sentimentos humanos. Mas a notícia da morte de uma professora e as suspeitas de que ela tenha sido assassinada colocam em xeque a crença na perfeição da Bela Cidade. Afinal, em um mundo no qual se pode sentir o outro, um assassinato deveria ser impossível, pois seu autor acabaria por sentir a vida sendo arrancada do corpo de sua vítima. É nesse cenário absurdo que a protagonista se vê colocada, contando apenas com o apoio de uma misteriosa garota para elucidar o caso, que revelará algo muito maior do que imaginavam.