A surpresa ante a eclosão do discurso ambientalista (preservacionista/conservacionista), justamente quando as sociedades ocidentais, racionalizadas e tecnologizadas, encontravam-se mais distantes da natureza, é o ponto de partida para esta análise socioambiental. O autor apresenta-nos o movimento ambientalista como um fenômeno da modernidade que tem, como base de sua emergência e dinâmica, uma determinada sociabilidade, certas situações de risco e uma dado estágio moral, tornando a natureza de um objeto de direitos aos quais a população, igualitariamente, deve ter acesso para garantia de uma vida digna. A relevância, a atualidade do tema e a criatividade para pensar o movimento ambientalista como um produto catalisador da modernidade avançada fazem deste trabalho uma referência não só aos especialistas sobre o tema, mas também a outros atores sociais preocupados com a questão ambiental.