Como uma mãe de classe média se tornou uma das senadoras mais influentes dos Estados Unidos. Um dos nomes mais relevantes na corrida presidencial dos Estados Unidos em 2016, a senadora Elizabeth Warren é um retrato perfeito da realização do sonho americano: filha de um zelador e uma telefonista, venceu as dificuldades da família e o lugar-comum da época, de que o principal objetivo de toda mulher era conseguir um bom casamento. Tornou-se professora em Harvard, atuou como consultora do Congresso americano e assistente do presidente Barack Obama na implantação de uma agência nacional de proteção financeira do consumidor e, aos 62 anos, elegeu-se senadora pelo estado de Massachusetts. Especializada na Lei de Falências americana, Elizabeth projetou-se nos cenários acadêmico e político ao comprovar, com uma série inédita de estudos e levantamentos de dados financeiros, que, diferentemente do que se pregava, a falência não é resultado exclusivo de más escolhas dos endividados, mas também dos abusos cometidos pelas instituições financeiras. Dessa constatação em diante, sua carreira tornou-se uma batalha constante em favor da proteção das famílias em situação de endividamento – uma vez resguardadas das arbitrariedades bancárias, todas as pessoas podem ter uma chance de lutar, assim como ela teve um dia. Neste relato apaixonado, Elizabeth deixa transparecer a fibra que a fez chegar onde está. Fica clara também a abrangência de seus conceitos sobre endividamento e o sistema financeiro, que extrapolam o cenário norte-americano. Em essência, porém, o que se lê é a história de uma trajetória universal, de uma pessoa que não acredita em contabilizar e pesar vitórias e derrotas, mas, sim, em travar as batalhas nas quais realmente acredita. Elizabeth Warren é figura de destaque no cenário político americano. Considerada uma das maiores especialistas na Lei de Falências, ela é um nome forte nas discussões sobre o papel dos bancos na economia, sua influência política e o sistema financeiro em geral.