Delírios ambiciosos misturados aos fatos reais da revolução pernambucana de 1817. O sonho era trazer Napoleào Bonaparte para comandar o exército revolucionário que pretendia derrotar o absolutismo colonial. Além de surpresa, humor refinado e minunciosa pesquisa histórica do vocabularário de época, "Crônica de indomáveis delírios", de Joel Rufino dos Santos, oferece ao leitor um retrato vivo do Brasil, que seria o do passado, caso os delírios de cada um não continuassem absolutamente indomesticáveis e a política não permanecesse vinculada às idéias importadas, impossíveis de serem encaixadas na realidade brasileira. "O meu estilo, se é que tenho" diz Joel, "é o monólogo barroco, aquele em que o narrador caminha como um possuído entre os seus fantasmas."