Inicialmente, destaca-se a leitura epistemológica do campo aquisição da linguagem, presente na primeira parte. Nela, a autora parece conversar com os grandes teóricos da área, levando-os a responder a perguntas como o que é o sujeito em aquisição da linguagem? e o que é linguagem?. Na segunda parte, configura-se uma teoria sobre o fenômeno da aquisição da linguagem, que a autora prefere chamar de 'instauração da criança na linguagem'. Na segunda parte, a autora realiza o esboço de uma abordagem enunciativa da aquisição da linguagem. A partir do conhecimento da teoria de Emile Benveniste, desenha uma teoria enunciativa da aquisição da linguagem. Segue-se daí um tratamento de dados que em um corpus longitudinal gigantesco, são destacadas operações enunciativas que permitem afirmar que a criança, antes de qualquer coisa, precisa se instaurar na cena enunciativa para advir como sujeito falante.