Se é verdade que os debates acerca do compromisso social do psicólogo não constituem exatamente uma novidade em nossa área de estudos, os dilemas, desafios e disparidades da realidade social brasileira e seus reflexos em termos de subjetividade podem e devem nos convocar a sempre renovadas reflexões. De preferência - e essa é a aposta que fazemos aqui - visando um melhor aproveitamento das variadas matrizes discursivas que compõe as atuais grades curriculares dos diversos cursos de Psicologia espalhados pelo país. O que pretendemos dizer com isso? Ora, que embora permanecendo conscientes das nossas divergências teórico/metodológicas possamos pensar tal diversidade não como um entrave, mas como um campo aberto de possibilidades para que, a partir das nossas especificidades, possamos efetivamente contribuir para que noções como as de educação, direito e cidadania adquiram contornos que em muito excedam o restrito espaço dos muros universitários. Assim, o que o(a) leitor(a) tem agora em mãos é o resultado de um esforço desta natureza conjunta, que aposta na diversidade como abertura responsável para o novo. Eis a perspectiva que norteia os treze capítulos deste livro, originalmente apresentados na forma de conferências durante o 6o. Congresso Norte Nordeste de Psicologia. Vale acrescentar que tal realização envolveu o trabalho e diversos alunos, profissionais e instituições que em muito contribuíram com seu apoio e iniciativa. Assim, a todos que direta ou indiretamente participaram desta jornada, o nosso sincero muito obrigado. E a você, caro(a) leitor(a), nossos votos de boa leitura e, importante, boas reflexões.