Não há prática humana mais criativa do que a revolução, mas ela não se concretiza sem o domínio consciente das condições e contradições da realidade ainda existente. Isso exige a apropriação coletiva de ferramentas intelectuais altamente desenvolvidas e a formação de novas atitudes perante a sociedade, a vida, as pessoas e as atividades sociais. Nesse sentido, a pedagogia histórico-crítica defende que a participação do trabalho educativo escolar no processo de superação da sociedade burguesa se dá por meio da luta permanente pela efetivação das máximas possibilidades de socialização dos conteúdos científicos, artísticos e filosóficos. Este livro reafirma esse compromisso histórico, perfilhando a exortação gramsciana.