A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes cresce em cifras e é cercada por silenciamentos familiares, sociais e institucionais. A comunidade científica tem dado a essa questão uma visibilidade importante. Contudo, a última tese anunciada, de que a violência é reproduzida intergeracionalmente, tendo o sujeito vitimizado como algoz, causa inquietação. O desconforto com o fatal-determinismo dessa leitura científica e suas conseqüências sociais fez com que a autora se debruçasse sobre a questão e construísse uma investigação organizada sobre novas premissas, indagações e bases.