CONFUSÃO EM DOSE DUPLA A espera terminou. Em novembro, chega ao Brasil o oitavo volume da coleção As aventuras do Capitão Cueca: Capitão Cueca e a sina ridícula do povo do Penico Roxo. Se os outros títulos já eram recheados de aventuras e reviravoltas, o número oito veio para desbancar até as mais otimistas expectativas. O volume anterior dá o tom do que vem por aí. Ao tentar levar o pterodátilo Bolacha de volta para a sua época, Jorge e Haroldo descumprem a advertência de Melvin: não usar a máquina do tempo, criada pelo pequeno inventor a partir de um penico roxo, por dois dias seguidos. O resultado não poderia ser outro: confusão. Desta vez, Jorge e Haroldo vão parar em um mundo ao contrário, onde o diretor Sr. Krupp é bonzinho, a cantina tem cheiro de comida e o professor de ginástica não castiga as crianças. E o que é pior: há, também, um Jorge e um Haroldo sósias, que aprontam malvadas travessuras. Por um erro de cálculo, todos os personagens voltam para o mundo normal: Jorge, Haroldo e Sr. Krupp (ou Capitão Cueca) e Jorge, Haroldo e Sr. Krupp (ou Capitão Cueca) do Mal. Se um Jorge, um Haroldo e um Capitão Cueca já se metiam em muitas encrencas, imagine dois de cada. Até o hamster Sulu, transformado em um grande monstro pelos meninos do mal, o pterodátilo Bolacha, os avós de Jorge e Haroldo e, acreditem, o Professor Fraldinha Suja se envolvem nessa hilária aventura. Para criar ainda mais expectativa, a atraente narrativa - assim como os volumes seis e sete - não tem um final convencional (aliás, como nada no livro). Para saber como termina tanta bagunça, após devorar as páginas do oitavo volume, resta aos leitores esperar pelo nono título da coleção.