Afinal, qual o papel que o Estado deve desempenhar hoje no processo de desenvolvimento? Quais ações podem ser exigidas e quais limites podem ser impostos à atuação do Estado realizada com vistas ao desenvolvimento? Em que bases deve dar-se a relação entre agentes estatais e agentes privados envolvidos no processo econômico? Questões como essas precisam ser enfrentadas pelos interessados em contribuir para a criação de uma nova pauta para a abordagem de antigos dilemas. Para isso é fundamental, em um mesmo movimento, retornar a velhos temas como o da razão de estado ou o da supremacia do interesse público, e colocá-los ao lado de novas chaves de leitura, por exemplo, as presentes nas ideias acerca da vinculação das partes contratuais aos deveres de lealdade e coerência ou nas reflexões sobre consequencialismo e comportamento oportunista. Os textos reunidos nesta obra têm a pretensão de constituir uma contribuição relevante para o desenvolvimento de debate dentro desses temas.