Superadas as razões dos modernistas de 1922 para o descrédito a que relegaram o primeiro príncipe dos poetas parnasianos, é hora de o leitor conhecer melhor suas Poesias, cujo sucesso da primeira edição em 1888 foi imenso. Esta edição da obra foi cuidadosamente organizada, fixada e prefaciada por Ivan Teixeira, da USP, que a completou com extensa e rara documentação iconográfica. A obra de Bilac, diz o organizador, deve também ser vista como tributária de uma tradição milenar da poesia, entendida como manifestação da retórica. Além disso, diz Teixeira, há diversas coisas na poesia brasileira que não entendemos sem ler a poesia de Bilac - o extenso e recorrente diálogo da poesia brasileira contemporânea com ela, por exemplo.