Sete autores apresentam o resultado de estudos sobre a categoria de pensamento e a categoria analítica do rural, pesquisas sobre o rural não agrícola no estado do Rio de Janeiro e a transformação de uma terra de plantação em uma terra de lazer. Também são detalhadas novas estratégias em relação à instalação de confecções em domicílios rurais e, ainda, o rural como paisagem, tema, cenário e turismo. A obra busca entender o rural contemporâneo por meio de estudos de casos e reflexões desenvolvidas a partir deles. São relatadas interações entre agricultura e atividades não agrícolas na região serrana de Nova Friburgo (RJ) e em Ibitipoca (MG), assim como a reelaboração de tradições por ocasião da festa dos carreteiros, em São Valentim, e do festival de inverno do vale de Vêneto, no sul do país. Na conclusão da obra a organizadora observa que as configurações socioespaciais e as identidades sociais se tornam ambíguas, à medida que não são mais referenciadas a um único código cultural homogêneo e coerente: "a ruralidade contemporânea é marcada pela coexistência de diferentes códigos culturais e pela possibilidade de negociação e trânsito entre eles".