Na época em que o livro Carnaval foi lançado, em 1919, a polêmica em torno de seu conteúdo foi potencializada, sobretudo pelo poema Os sapos, que mobilizou as lutas modernistas do início do século XX e se tornou ícone da rebeldia da Semana de 22. Muito mais que a voz polêmica de Manuel Bandeira, o livro traz uma série de recados subliminares que mudaram os rumos da poesia brasileira.     Neste segundo livro do poeta de Itinerário de Pasárgada, o arranjo composto para poetizar a Folia de Momo articula lirismo, ironia e picardia, em versos que se notabilizaram, como os de Pierrot místico e Rondó de Colombina. Coordenada por André Seffrin e com apresentação de Affonso Romano de Sant’Anna, esta 3ª edição da Global Editora traz no início algumas fotos do poeta e na capa a imagem da primeira edição do livro. Além disso, conta com o poema Rondó de Colombina, publicado no jornal Correio da Manhã em 1930.Na apresentação desta nova edição da Global Editora, Affonso Romano de Sant'Anna analisa o livro pelas lentes da carnavalização, uma teoria sobre a inversão de papéis na sociedade moderna presente nas artes do fim do século XIX e começo do século XX e desenvolvida por um dos maiores estudiosos da Literatura mundial, o russo Mikhail Bakhtin. Publicado em 1919, Carnaval nos apresenta um Manuel Bandeira polêmico e desafiador, principalmente pelo poema “Os sapos”, que mobilizou as lutas modernistas do início do século XX e se tornou ícone da rebeldia da Semana de 22. E muitos recados subliminares que mudaram profundamente os rumos da poesia brasileira também constam nesta obra.Publicado em 1919, Carnaval nos apresenta um Manuel Bandeira polêmico e desafiador, principalmente pelo poema “Os sapos”, que mobilizou as lutas modernistas do início do século XX e se tornou ícone da rebeldia da Semana de 22. E muitos recados subliminares que mudaram profundamente os rumos da poesia brasileira também constam nesta obra.