Romance sobre a morte de uma mãe, este livro traz uma reflexão emocionante acerca do luto, das relações familiares e da maneira de se escrever sobre a perda. Alternando entre o intimamente confessional e o ostensivamente literário, a obra se aproxima e se afasta da tristeza que procura retratar. É essa mesma ambiguidade que dá ao título a sua ironia: a justaposição de uma categoria gramatical (o verbo auxiliar) com o símbolo da paixão humana (o coração). Com este livro, Esterházy se afirma como um dos principais escritores contemporâneos e, sobretudo, um renovador da linguagem do romance. O projeto gráfico, concebido pelo próprio autor, é uma referência a anúncios fúnebres de jornal.