Este trabalho é fundamental para desacostumarmo-nos e desinstalarmo-nos com discursos e práticas jurídicas e sociais, midiáticas e parlamentares, e, no mesmo gesto, retirar essas práticas discursivas de sua obviedade impensada. Pesada tarefa, de cunho ético e político, a de arrebatar as palavras àquele que prostitui o seu uso (Alain Badiou), realizada com louvor por Marcela. Pesquisadores, juristas, assistentes sociais, psicólogos e psicanalistas, sociólogos, todos que lidam com a questão da adolescência e com os seus conflitos, especialmente aqueles que adentram a seara criminológica, são lançados a pensar e a criar novos modos de dizer e, assim, de fazer com os sujeitos adolescentes.