Hector Santos é um jovem formado no Brasil atual que ao percorrer as memórias dos seus "anos de aprendizado" tenta encontrar motivos para não cometer suicídio. Fazendo comentários ora irônicos, ora nostálgicos, sobre o que lhe acometera até o ponto da decisão, Hector, na infância, revisita a relação com o pai violento e a deterioração da mãe frente à esquizofrenia (Tese: fase da formação em que o mundo se impõe ao sujeito). Na adolescência percebe que o racismo, a pobreza e o consequente alcoolismo o leva aos problemas de relacionamento social (Antítese: fase em que o indivíduo se rebela contra o mundo). Nesse contexto, a Febre não tarda por lhe acometer, personificação da psicose que passa a tecer comentários hostis sobre o seu comportamento e que desencadeia a dualidade subjetiva. Por fim, na juventude, coloca em xeque os valores da formação cultural do Brasil em paralelo à sua própria formação, constatando a impossibilidade da redenção de uma trajetória violenta.