O nome deste livro poderia ter sido conjunto de manobras. Ou um dos outros cinquenta que Ravel pensou e não colocou. Brinquei que elu podia ter feito um livro chamado livro de nomes de livros. No final, faz a curva, paixão, porque acho que o que importa pra Ravel e o que se vê nestes escritos é a coisa mesma do movimento. Assim, este livro nos conta sobre criarmos nossos próprios nomes, tomarmos nossos próprios desvios e escolhermos provisoriamente uma ou mais palavras de uma lista de cinquenta que pode sempre se expandir. Percorrendo a trilha destes poemas, que começam na pré-história da tesourinha (carolina), nos lembramos nostálgiques de nossas vidas cheias de pequenos prazeres, artimanhas, jogos, verdades e desafios, beijos dentro de armários mas também na frente de professoras (as professoras ficavam em pânico), porque sim, é preciso ter um tanto de coragem pra viver essa alegria. Dessa forma, estes escritos perpassam uma vida queer de um corpo que não se interessa em (...)