"O livro Entre santas, bruxas, loucas e femmes fatales - (más) representações e questões de gênero nos cinemas desnuda os problemáticos estereótipos (interseccionais) de gênero e o quanto a história das produções audiovisuais, desde sempre, está ligada às outras formas do fazer artístico e literário no que tange aos olhares das sociedades patriarcais e cargas de preconceitos, com seus ismos, como o machismo (e a misoginia), o racismo (diversidades étnicas não brancas) ou o idadismo (questões geracionais tipicamente contra as mulheres), além, obviamente, das fobias e dos segregacionismos, que discriminam as pessoas LGBTI ou com deficiências físicas ou mentais. As histórias contadas sobre o cinema comprovam que, via de regra, filmes são produzidos por e para o fitar/olhar masculino (male gaze) dominante que é imperial, por ter lastro no seu poderio econômico, político e militar/físico/sexual, o que remonta à própria definição de imperialismo: [...]