O que você faria se descobrisse que tem um sósia, dono do mesmo corpo, do mesmo rosto, da mesma voz? É o que acontece com o professor de história Tertuliano Máximo Afonso. Neste inquietante romance sobre a perda da identidade na sociedade globalizadaO professor de história Tertuliano Máximo Afonso descobre, certo dia, que é um homem duplicado. Ao assistir a um vídeo, ele se reconhece em outro corpo, idêntico ao dele próprio: um dos atores do filme é seu sósia. Os desdobramentos dessa história são imprevisíveis. Mas o novo romance de José Saramago, esclareça-se logo, não tem nada a ver com clonagem ou outras experiências de laboratório. O que está em jogo é a perda de identidade numa sociedade que cultiva a individualidade e, paradoxalmente, estabelece padrões estreitos de conduta e de aparência. Em "O Homem Duplicado", José Saramago constrói uma ficção extraordinária, apoiada numa questão extremamente atual e inquietante: a perda de identidade no mundo globalizado.