Um romance encantado. O inusitado contraponto entre a narrativa e o fluxo da vida. Dentro de um contexto contemporâneo Haroldo Ramanzini, autor que estreia no mundo literário, reedita a estética apocalíptica de tantas obras que testemunham o fim de um mundo para o nascimento de outro. A fábula de Piapara, uma etérea cidade perdida nos confins do Brasil, onde Eugênio narra sua sina, um ser que se divide entre o sagrado e o profano. Memorial do apocalipse (selo Escrituras) é um mergulho na história, em que o narrador vai resgatando o passado: as raízes ibéricas, o caminho de São Tomé e os rituais dos ancestrais da América. Projeta o ciclo da cana-de-açúcar e do café, a derrama nobiliária, o coronelismo e os conflitos ideológicos do século XX. A saga da família Reis Meneses, representantes da burguesia rural, retrata os conflitos dos senhores da terra. Uma história fantástica e atual. Um livro que também resgata o valor de uma nova era, capaz de repor nos seres um ideal de reconstrução acima do caos.