Eram cinco soldados franceses condenados à morte pelo conselho de guerra por terem se automutilado. Cinco soldados que foram lançados na neve, numa noite de janeiro de 1917, em frente à fronteira inimiga, para que fossem mortos. Durante uma noite e um dia inteiros, tentaram desesperadamente sobreviver. O mais jovem chamava-se Manech. Ainda não completara vinte anos. Depois da guerra, Mathilde (estrelada por Audrey Tautou no filme 'Eterno amor', de Jean-Pierre Jeunet), que ama Manech de um amor a toda prova, vai lutar para reencontrá-lo, vivo ou morto, e levará até o fim a insensata esperança que a carrega. O livro tem um início notável ("Era uma vez cinco soldados franceses que faziam a guerra porque as coisas são assim"), é implacável na denúncia à burocracia e ao cinismo das autoridades militares, e se encerra exatamente no ponto em que começou ("cinco soldados franceses aqui repousam / mortos com os sapatos nos pés / perseguindo o vento / onde fenecem as rosas / há muito tempo"). Tocante e perturbador, 'Um domingo para sempre' surgiu de episódios da Primeira Guerra Mundial contados ao escritor Sébastien Japrisot por seu avô. Narra o que é comum a todas as guerras; a luta desesperada da busca por uma ausência presente. Mathilde, a viúva branca, amava Manech acima de tudo e dedicará a sua juventude para encontrar o seu amor vivo ou morto. Agraciado com o Prêmio Interallié em 1991, levado à tela em 2004 por Jean-Pierre Jeunet com o título 'Eterno amor'. 'Um domingo para sempre' é um dos romances mais instigantes escritos sobre a Primeira Guerra Mundial, a fidelidade e o luto de um amor infinito.