O volume IV da série Socioambientalismo de Fronteiras Populações Tradicionais, Terra, Território e Ambiente, divide-se em duas partes. Os dois primeiros capítulos tratam da territorialidade, ingrediente essencial na formação de identidades étnicas e culturais em diversos países da América. O capítulo seguinte aborda a morte de uma criança indígena em um mutirão para limpeza de uma escola indígena, e a luta da mãe, na busca da responsabilização da instituição. O próximo capítulo discorre sobre a dicotomia entre norma e cultura indígena ao tratar do estupro de vulnerável praticado por índio. Segue mais um capítulo que aborda a gravidez entre as adolescentes indígenas na região Amazônica, encerrando assim, o bloco dedicado a minorias étnicas, cultura, autodeterminação, territorialidade e conflitos com o Estado. O segundo bloco inicia com a pesca e o acordo de pesca na APA Nhamundá, seus conflitos e formas tradicionais de composição. A pesca é abordada na sequência como serviço ambiental, onde a participação dos atores no esquema de pagamento é analisada. Por fim, o último capítulo trata de um assentamento rural instituído pelo INCRA em Roraima, onde os autores buscam traçar a linha que conduz os assentamentos rurais como instrumentos de inclusão social regional. Apresentamos assim este volume, na esperança de contribuir para a discussão sobre o Socioambientalismo na Amazônia, a partir de uma rica complexidade de relações sociais, que extrapolam nossas fronteiras.