A partir do famoso Artigo dos Vaga-Lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman defende a sobrevivência da experiência e da imagem, em um texto que representa um grande guinada na história da arte. Sobrevivência de vaga-lumes analisa obra de Pasolini, estabelecendo conexões com o pensamento de outros intelectuais, especialmente o de Giorgio Agamben. Os vaga-lumes representam as diversas formas de resistência da cultura, do pensamento e do corpo diante das luzes ofuscantes do poder da política, da mídia e da mercadoria. A visão apocalíptica de Pasolini, expressa em sua afirmativa não existem mais seres humanos, e a de Agamben, segundo o qual o homem contemporâneo está desprovido de sua experiência, constituem um dos eixos da discussão estabelecida por Didi-Huberman. O autor recorre ao trabalho de Walter Benjamim Imagem Dialética para demonstrar que a experiência ainda é possível no mundo contemporâneo.