O visionário Karman imputou à arquitetura hospitalar novas considerações, principalmente quando os assuntos são manutenção e segurança. Suas contribuições na área são capazes de minimizar riscos a todos os que se utilizam e transitam em instituições de saúde e, ainda, adiar a obsolescência. Karman acreditava na importância de projetar preditivamente, pensar o futuro para manter o hospital vivo e produtivo por mais tempo. Aos olhos de Karman, os hospitais mais flexíveis são mais produtivos e por isso defendia um aparente paradoxo: "quanto mais durável, menos durável". Ou seja, as edificações hospitalares cujas estruturas são mais permanentes possuem vida útil menor, pois estão engessadas para mudanças. "Um arquiteto não deve contribuir para barrar o progresso", dizia. O conceito de preditividade em hospitais abordado no livro preconiza que os projetos de hospitais sejam elaborados considerando a lógica, a racionalidade, a economia e a responsabilidade. Portanto, os trabalhos reunidos no livro de Karman, ao incitarem a consciência e a relevância da manutenção e da segurança preditivas nos hospitais, trazem à tona a natureza de suas atividades e obrigações, que não permitem falhas, faltas ou interrupções no abastecimento de insumos.