Um dos maiores clássicos da literatura brasileira e retrato de uma época, Vidas secas traz a história de uma família que, procurando uma vida melhor, enfrenta a seca do sertão, a fome, o desamparo e a violência das instituições. Na planície avermelhada do sertão, uma família de retirantes atravessa a seca em busca de vida nova. Fabiano, sinha Vitória, o menino mais novo, o menino mais velho e a cachorra Baleia caminham dias inteiros, à procura de água, comida e pouso. No trajeto, encontram com figuras essenciais para compreender o contexto histórico e social da obra-prima de Graciliano Ramos, publicada pela primeira vez em 1938. Marco da segunda fase do modernismo, Vidas secas é o registro da identidade de um povo e um clássico incontornável da literatura brasileira. Em texto de 1944 reproduzido na edição, o autor declarou: "Fiz o livrinho, sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. Nisso, pelo menos, ele deve ter alguma originalidade. Ausência de tabaréus bem falantes, (...)