Acendam as luzes! Um grito no escuro. Só quem tem coragem sabe como usar as palavras no tom certo. Elas nascem e, em um movimento preciso, podem rasgar o fio que une a venda dos nossos olhos. É preciso coragem para encarar estes versos. Essa é a tal da sensibilidade a qual ouso dizer que é a maior arma que temos. A grande revolução não se constrói no silêncio, não se constrói no conforto, não se ganha nem se perde. Foi isso que aprendi com estes poemas. O homem ocidental nasceu adoecido, e estes versos podem ser usados como remédio. Às vezes tão amargo quanto a doença, às vezes tão doce quanto a cura. A grande revolução tem traços marcados pela literatura, e no caminho da transformação tenho o privilégio de acompanhá-los, caminhar pelo íntimo, ancestral e expansivo (do autor e do leitor), cutucando cada parte do conforto. Esta obra é um convite para desconfortar-se. A grande revolução é um grande desconforto. Encará-la é tatear o cotidiano com atenção e deixar-se (...)