Zélia Gattai é a maior memorialista do país. Autora dos inesquecíveis Anarquistas, graças a Deus e Códigos de família, entre outros, já vendeu mais de meio milhão de exemplares de sua obra no Brasil. Em VACINA DE SAPO, essa contadora de causos resgata algumas das principais histórias, viagens, momentos de alegria e de tristeza do romance Gattai-Amado. Principalmente, o final, com a dolorosa separação da morte. Ao lado de Jorge, Zélia viveu 56 anos. Aqui, ela retoma o fim dessa caminhada, a agonia de Jorge Amado, os três anos de lento avanço para o silêncio de quem existira, até então, numa contínua e efervescente inquietude. Num plano de criação artística e participação social tão intensas, tão eloqüentes, capazes de interessar qualquer pessoa sensível em qualquer parte do mundo. Sem perder a leveza, Zélia não poupa e nem esconde nada. Expõe sua dor e suas alegrias numa experiência catártica. Para quem pensa que escrever sobre Jorge foi um martírio para Zélia, a escritora revela: Descobri que a melhor coisa para me tirar da fossa é ir para o computador e trazer Jorge à vida. VACINA DE SAPO tem a cronologia das lembranças. A ordem que o amor por Jorge colocou no caos de tantos eventos e momentos emocionantes passados juntos: do primeiro ao último beijo. Das visitas bem-intencionadas dos curandeiros, entre eles um índio da Amazônia que, recorrendo à terapêutica da baba de sapo, terminou por dar título à obra.