Tem os seus percalços o ofício do crítico de jornal e talvez o maior deles seja a exigência da resposta rápida à provocação da obra de arte. No entanto, é em razão da simultaneidade entre a percepção e a escritura que se imprime o primeiro registro do trabalho do espetáculo sobre a sensibilidade. Neste embate diário, os melhores críticos afiam o instrumental teórico para fundamentar na prática os conceitos e iniciar o vôo ensaístico conectando o particular ao universal, distinguindo o fenômeno episódico do fato relevante para a trama maior da história. São desse feitio os escritos reunidos neste volume.