Fim da história, fim das utopias. Para entender este fim de século, é fundamental conhecer uma obra publicada em 1960, pelo pensador romeno E. M. Cioran. “História e utopia” discute o fundamento das Revoluções e da História: a nostalgia do Éden. Conhecido por seu ceticismo, Cioran mostra como o drama metafísico do homem se repete em escala coletiva. Utilizando os mitos, como instrumento de análise, ele retrata os “mecanismos eternos da história”, a origem religiosa das utopias e os vínculos entre liberdade e servidão. Lúcido e desenganado, Cioran questiona a obsessão humana pelo futuro e pelo progresso, dissolvendo algumas das ilusões mais fundamentais do Ocidente e demonstrando que a necessidade do absoluto é inerente ao homem.