O Estado, cujo nascimento é determinado por um conjunto de circunstâncias históricas, é acima de tudo uma idéia, um produto da inteligência humana. Móbil, mas também regulador da luta política, ele deve assegurar para si uma base homogênea elevando-se acima dos interesses sociais divergentes. O Estado liberal, o Estado de partido único, o Estado pluralista tentaram, cada um à sua maneira, corresponder a essa exigência. Hoje, os progressos da ciência e os desenvolvimentos da técnica provocam uma metamorfose do Estado. Pensado por indivíduos cuja mentalidade é cercada pelos imperativos da sociedade técnica, ele agora só se justifica pelos serviços que o corpo social espera dele. É realmente Leviatã, mas um Leviatã teleguiado. Um clássico da ciência política.