Este livro, mais que a história do Estadão, expõe sua vocação para a conspiração, e a derrota. Como você vai comprovar, o Estadão não é mais o tal. Tanto que os colegas da nova geração, quando querem desnudar a empáfia dos jornalões, não se lembram dele. A última brincadeira foi com a Falha de S. Paulo. Palmério Dória O livro conta a história d’O Estado de S. Paulo, fundado em 1875 para defender interesses de fazendeiros, capitalistas e republicanos paulistas. Graças aos encantos da atriz Luísa Satanella, um sócio deu um desfalque e com ela se foi para a Itália em 1902, pondo o jornal todo no colo da família Mesquita, de Júlio I. Sob a fachada de liberal, gente do Estadão no entanto chegou a conspirar e até a aderir à luta armada, como em 1932, quando sentiu suas aspirações ao poder ameaçadas. Perdeu todas as eleições na República Velha, perdeu em 1930, 1932, mesmo em 1964 sob censura após o golpe vitorioso que apoiaram, e cedem lugar aos Frias em 1984 ao negar apoio às (...)